segunda-feira, 26 de julho de 2010

Você já assistiu...? Now and Then, Here and There

Now and Then, Here and ThereNow and Then, Here and There

Olá a todos, e desculpem o longo tempo sem postar. Fim de semestre na faculdade, ainda mais no fim do curso, é fogo... e neste mês de julho resolvi descansar um pouco. Mas deixemos as desculpas de lado.

Já assisti a várias animações em minha vida, e sem dúvida as melhores foram as que me fizeram pensar, aquelas que, quando assistimos, acabamos aprendendo algo sobre nós mesmos; e aquelas que nos trazem emoções, nos fazem rir, chorar, ficar com medo, apreensivos, felizes, desconfortáveis. Acho que com toda arte é assim, não é mesmo? É por isso que Now and Then, Here and There é uma das grandes séries a que tive a oportunidade de assistir.

O primeiro capítulo começa com um dia comum do garoto Shu, um menino energético e otimista. Andando de volta para casa após seu treino de kendo, durante o pôr-do-sol, Shu vê uma garota sentada no topo de uma chaminé de uma construção abandonada. Subindo na torre vizinha, ele tenta conversar com a menina, mas uma esfera de luz rodeia todo o local e máquinas de guerra parecidas com serpentes surgem com o intuito de sequestrar a garota. Shu tenta impedí-las, mas quando se dá conta é transportado para outro mundo, um mundo seco e militarizado, onde uma nave-nação chamada Hellywood, regida por um ditador no limiar da loucura, busca o poder sobre tudo e todos.

Um espectador mais desavisado poderia ser enganado pelo tom leve do primeiro episódio - eu fui um pouco - mas logo a história adquire contornos mais sombrios e violentos. A despeito do visual simples, os personagens exalam personalidade, movimentando a trama e contrapondo diferentes pontos de vista e motivações. A crueldade e a loucura da guerra, e as marcas que ela deixa em todos os envolvidos são mostradas de forma nua e realista.

Apesar desse tom sombrio, a mensagem última é otimista. "Enquanto você estiver vivo, boas coisas virão", como dito incansavelmente pelo protagonista Shu. Em certos momentos da animação, essa pequena fagulha de otimismo foi a única coisa que me impediu de cair em uma sensação de total desesperança; é uma estória poderosa, que mexe com seus sentimentos. Embora se passe em um mundo fictício, poucas séries são tão cruelmente realistas como esta.

Concluindo, se você gosta de séries adultas e que nos convidam à reflexão, tenho certeza que irá apreciar este clássico.

Ficha técnica:

Título: Now and Then, Here and There
Título em japonês: 今、そこにいる僕 (Ima, soko ni iru boku)
Ano: 1999
Número de episódios: 13

domingo, 2 de maio de 2010

Você já leu...? Hyper Future Vision Gunnm

GunnmGunnm

Sempre fui fã de HQs desde que era criança, quando aprendi a ler com gibis da Turma da Mônica. Junto com a febre dos Cavaleiros do Zodíaco e com os lançamentos de mangás por volta de 2000, me tornei também fã das HQs japonesas.

Gunnm é um dos meus mangás favoritos. Foi um título publicado em 1990 no Japão e em 2003 no Brasil, pela editora JBC, após um rolo com outra editora iniciando sua publicação ilegalmente. Seu autor é Yukito Kishiro, em minha opinião um dos grandes criadores de mangá da atualidade.

A história se passa em um futuro pós-apocalíptico e conta a jornada de Gally, uma ciborgue encontrada pelo médico cibernétido Ido em uma pilha de ferro-velho da Cidade da Sucata. Ela não se lembrava de seu passado nem de quem era, então o bom doutor lhe dá um novo corpo e seu nome, e passa a cuidar da garota como se fosse sua filha.

Porém, a Cidade da Sucata não é um lugar amistoso, e roubos, brigas e assassinatos são lugar comum. Nesse cenário sombrio, Gally não sabia que seu benfeitor levava uma vida dupla, agindo à noite como um mercenário, matando criminosos em troca de dinheiro. Em uma dessas saídas noturnas, a ciborgue resolve seguir Ido e descobre seu lado violento. No entando, ela própria se envolve em uma situação perigosa e, para sua supresa e a de Ido, reaviva uma habilidade de luta impressionante. A partir de então, Gally decide se tornar também uma mercenária.

Esse é o início de uma saga que se desenrola por 18 volumes, mostrando o caminho de Gally e sua busca por um lugar no mundo; conhecemos o lunático e fanático por pudins Dr. Desty Nova, o violento esporte motorball, a transformação de Gally em uma agente de operações especiais do governo e a descoberta de seu passado.

Em meio a cenas de ação intensa e extremamente violenta e aos fantásticos e detalhados desenhos de Kishiro, encontramos reflexões profundas como o que significa ser humano, a razão da vida e a superação da existência.

São esses temas e a história e personagens muito bem desenvolvidos, além da arte primorosa, que fizeram deste um dos meus mangás favoritos. Recomendadíssimo!

Saiba mais:

Gunnm - Last OrderGunnm - Last Order
  • A partir de 2001, Yukito Kishiro começou a produzir Gunnm: Last Order, a continuação de Gunnm. Na verdade, mais que uma continuação, já que o início da história é uma versão alternativa ao final da série original, com a qual o autor não estava satisfeito.
  • Yukitopia - Site de Kishiro

domingo, 25 de abril de 2010

Você já leu...? Guia Mangá de Bancos de Dados

Guia Mangá de Bancos de Dados
Guia Mangá de Bancos de Dados

É isso mesmo que você leu no título: a editora Novatec lançou no fim do ano passado o Guia Mangá de Bancos de Dados, um livro em formato de HQ para explicar banco de dados. Eu que sou curioso, computeiro e fã de HQs não podia deixar de conferir esse livro, e no último mês de dezembro eu tive essa oportunidade.

Como introdução, vejam um trecho da resenha da contra-capa:

A Princesa Ruruna e Cain têm um problema: seu império de venda de frutas é um amontoado de dados conflitantes e duplicados, e separar os melões das maçãs e morangos está causando muita dor de cabeça. Mas o que eles podem fazer?

Ora, criar um banco de dados relacional, é claro, com a ajuda de Tica, a Fada Mágica dos Bancos de Dados.

É claro! Criar um BD relacional, é tão óbvio... hehehe. À parte essa introdução meio nonsense, o livro é uma leitura leve e divertida, e faz bem o que se presta a fazer: ser uma introdução aos conceitos básicos e técnicas relacionadas a bancos de dados.

Sendo tanto uma história em quadrinhos quanto um livro técnico, temos que analisar esses dois aspectos.

Quanto à parte desenhada o livro é bonitinho, e conta a história da Princesa Ruruna do reino de Kod, seu ajudante Cain e a "fada mágica dos BDs" Tica. Ao longo de cada capítulo é apresentada uma história que mostra o desenrolar das relações entre os personagens e sua busca por melhorar o gerenciamento de dados de vendas, mercadorias e exportações do reino de Kod com a ajuda da fada Tica.

O enredo em si é de certa forma bobinho, servindo mais como apoio para a apresentação do conteúdo do que como uma história propriamente dita. Porém, é o que torna o livro diferente, conferindo-lhe mesmo um certo charme.

O livro se organiza em 6 capítulos, que cobrem as seguitnes áreas: o porquê do uso de bancos de dados, terminologias e modelos, como criar bancos de dados relacionais, SQL, concorrência e segurança em bancos de dados e aplicações.

A cada seção cada um desses assuntos são apresentados de maneira bastante simples e bem explicada, com exemplos baseados no mundo em que se passa a trama. Além disso, cada capítulo conta com uma parte escrita que elucida melhor os conceitos apresentados na parte desenhada, e também exercícios para ajudar na absorção e fixação do conteúdo. Mesmo assuntos mais espinhosos, como normalização e as três primeiras formas normais ou os controles de concorrência, são apresentados de forma simples e fácil de compreender.

Para mim esse livro foi uma leitura interssante e divertida. Apesar de já conhecer a teoria e a prática dos BDs, vê-las sob uma nova abordagem é sempre enriquecedor. Além disso, acho muito interessante essa exploração dos vários usos que a linguagem das HQs pode ter.

Recomendo este livro para quem é iniciante no assunto. Não recomendaria para quem procura um livro bastante técnico e aprofundado sobre a área, ou pretende se especializar no assunto, já que existem muitos outros livros que são mais abrangentes e avançados.

Porém, se como eu você é um fã de mangás e computação e gosta de conhecer coisas diferentes, tenho certeza que vai ter uma leitura no mínimo prazerosa e divertida.

Ficha técnica

Título: Guia Mangá de Bancos de Dados
Autores: Mana Takahashi, Shoko Azuma, Trend-Pro Co. Ltd
ISBN: 978-85-7522-163-1
Páginas: 224
Ano: 2009

Saiba mais:

A série Guia Mangá está sendo traduzida da série The Manga Guide para o português, pela editora Novatec em conjunto com a editora americana No Starch Press e a editora Ohmsha, uma das mais antigas e respeitadas editoras japonesas de livros técnicos e científicos, que foi a publicadora original da série no Japão.

Além desta edição sobre bancos de dados há vários outros títulos na série, como Física, Estatística, Cálculo, Eletricidade e até Biologia Molecular, que também foram lançados em português. Cada um deles é escrito e desenhado por uma dupla diferente de escritor técnico da área e artista. Mesmo eu que não sou dessas áreas fiquei muito curioso em lê-los. Será que eu teria ido melhor em Cálculo se os tivesse lido quando fiz a disciplina...? Haha, acho que não.

Veja mais informações e amostras dos títulos no site da editora Novatec.

Veja também:

Ubunchu!Ubunchu!

Estava pesquisando sobre o livro e acabei encontrando o Ubunchu, um mangá sobre o Ubuntu. Ainda só li o primeiro dos 5 capítulos que foram lançados até agora, mas gostei muito. A história mostra a discussão entre três amigos computeiros, cada um com uma preferência de SO diferente - Windows, Linux e Mac. É bem divertido, ainda mais se você já se encontrou no meio de alguma discussão besta sobre qual SO é melhor, e os desenhos são muito bons.

Escrito e desenhado por Hiroshi Seo, e lançado sob a licença Creative Commons BY-NC. Confiram aqui!

sábado, 17 de abril de 2010

Danmaku, bullet hell, manic shooter

Touhou - Perfect Cherry BlossomTouhou - Perfect Cherry Blossom

Se você tem entre 20 e 30 anos e gosta de jogos eletrônicos, com certeza já jogou shoot'em ups, aqueles "jogos de navinha", como são conhecidos no Brasil, onde você controla uma nave e tem que destruir inimigos enquanto desvia de tiros. Eu particularmente sou um grande fã desse tipo de jogo, desde que aprendi a jogar videogames. Exemplos clássicos desses jogos são Gradius, R-Type, Raiden, entre outros.

Talvez você já tenha até jogado alguns dos mais exóticos, como Parodius, uma paródia de Gradius, Fantasy Zone, Tyrian (injustamente desconhecido) para PC, Radiant Silvergun, um dos maiores clássicos do gênero, para Sega Saturno, ou o belo Ikaruga.

No meio dos anos 90, em resposta à estagnação dos shooters tradicionais, surgiu um subgênero que recebeu o nome de "manic shooter", "curtain fire", ou danmaku (cortina de tiros, em japonês). Nesse tipo de shooter, a tela fica literalmente cheia de projéteis que precisam ser desviados. Normalmente, a hitbox (área vulnerável) de seu personagem é menor, aumentando sua chance de sobreviver - e tornando o jogo possível! Os precursores desse tipo são os jogos Batsu Gun e DonPachi.

Esse subgênero demanda uma dedicação maior do jogador; cada jogo necessita às vezes de centenas de tentativas para ser completado. Alguns bons exemplos de manic shooters são a série DonPachi e Mushihime Sama, ambos da empresa Cave.

Curiosamente, esse gênero é muito popular no Japão, onde grandes empresas lançam shooters todos as temporadas. Também é notória a quantidade de grupos independentes (doujin circles) que lançam jogos desse tipo regularmente, especialmente em feiras como a Comiket. Um dos doujin games mais famosos é o Touhou Project, uma série de jogos que começou em 1996 e se tornou um fenômeno no underground da internet, para a qual ainda vou dedicar um post futuramente.

Para finalizar, acho que um vídeo diz mais que mil imagens (gameplay do jogo Mushihime Sama):



Dá até medo né? Tem gente que diz que só doido gosta desse tipo de jogo. Acho que é por isso que eu gosto... hehehe

Vida longa aos "jogos de navinha"!

Saiba mais:

sábado, 10 de abril de 2010

Você já assistiu...? Cat Soup / Nekojiru-so

Cat Soup© Nekojiru • Yamato Do Co., Ltd./Nekojiru Family

Eu gosto muito de animações, especialmente aquelas que fogem do lugar comum, que nos fazem refletir, como Serial Experiments Lain, Haibane Renmei, Boogiepop Phantom
e Paranoia Agent. Uma que havia ouvido falar há um tempo é Cat Soup (Nekojiru-so, em japonês), um curta de animação de 2001, produzido pela J.C. Staff, ao qual tive a oportunidade de assistir recentemente.

O enredo gira em torno de uma família de gatos antropomorfizados, particularmente os dois filhos, Nyatta e Nyaako, irmão mais novo e irmã mais velha. Nyaako sofre de uma doença terminal e é vista pelo seu irmão sendo levada pela Morte para o outro mundo. Nyatta consegue ficar com metade da sua alma, de modo que Nyaako não morre, mas continua vivendo em um estado semi-vegetativo.

Daí em diante segue um turbilhão de imagens, símbolos e metáforas, mostrando a busca de Nyatta pela outra metade da alma de sua irmã.

Dependendo de sua disposição mental, você pode achar este um dos curtas de meia-hora mais bizarros, atordoantes ou perturbadores de sua vida. Eu particularmente achei um pouco de cada coisa. As paisagens e personagens surreais e a quase inexistência de diálogo contribuem para a atmosfera aterradora.

Enfim, se você gosta de animações diferentes, de pensar bastante, ou de procurar pêlo em ovo, irá gostar desta obra, que pode ser vista mais como um exercício de arte do que simplesmente uma animação.

domingo, 4 de abril de 2010

Informática e crianças

Com a presença cada vez maior do computador em nossas vidas e nossa sociedade, uma questão importante surge: qual o efeito da exposição das crianças ao computador? Quando e como esse contato deve ser permitido?

Fui lembrado desse tema ao ler uma reportagem a respeito disso no jornal de hoje. Antes de mais nada, vou deixar claro que eu não sou pedagogo e que falo apenas pessoalmente, sem nenhuma base além de minha experiência de vida.

Em minha opinião, nos dias de hoje é insensato privar uma criança do acesso à computação e à internet. Não é sem motivos que a era moderna é chamada de era da informação; o bem mais valioso é o conhecimento. E qual é a ferramenta crucial nesta era? Sem dúvidas, o computador.

Eu acredito que o computador ajude no desenvolvimento cognitivo e motor de uma criança, especialmente com relação à motricidade fina como movimentos precisos e coordenação visual. Intelectualmente, a criança ganha capacidade de abstração e pensamento lógico. De forma alguma menosprezo o papel fundamental de livros e educadores no desenvolvimento da criança, apenas penso que o computador pode ser um importante aliado nesse processo.

Claro que, como tudo, deve ser utilizado com bom-senso. A internet, como já disse certa vez, é um mar de pornografia, salafrários e toda sorte de gente ruim. O acesso da criança deve ser controlado e discutido em família.

Porém, segundo o Dr. Valdemar Setzer, professor do departamento de Ciência da Computação do IME, as crianças não devem ter acesso à computadores, videogames ou TV. Acesso à internet, só após os 17 anos, que seria quando o jovem tem maturidade para enfrentar e entender as nuances esse meio. Segundo ele, a internet, videogames e a TV atrapalham o desenvolvimento da capacidade criativa, mental e social do infante.

Não vou me aprofundar nas idéias de Setzer, já que confesso que ainda não as conheço em profundidade suficiente para discutí-las, e muito menos desprezá-las, já que o pesquisador tem muito mais experiência e base para falar do assunto do que eu. Entretanto, um ponto em que acho que todos concordam é que é uma idéia radical demais. 17 anos é uma idade em que boa parte dos jovens está se preparando para ingressar em uma instituição de ensino superior ou para entrar no mercado de trabalho. Imagino que para alguém que está nessa idade e situação, absorver em pouco tempo tudo que a internet significa e suas potencialidades é alucinante.

Tomando a mim mesmo como exemplo, eu tive meus primeiros contatos com computadores aos 6 anos. Gostava de jogar, era basicamente o que eu fazia no computador. Porém, sempre tive uma curiosidade: como esse negócio funcionava? Era a mesma coisa com videogames, os quais conhecera mais novo ainda. Pode até ser um exagero de minha parte, mas acredito que foi essa curiosidade que me levou ao caminho em que estou hoje, terminando meu curso em Ciência da Computação.

Concordo com Setzer que essas tecnologias, quando não utilizadas da forma correta, podem trazer malefícios a qualquer um, especialmente crianças. Porém, na era da tecnologia, em minha opinião, impedir o acesso dos pequenos a esse meio de informação inesgotável (tanto boa quanto ruim) é uma visão muito limitante.

Para saber mais:

sábado, 3 de abril de 2010

Você já usou...? Logmein

Quem é computeiro com certeza já deixou um computador ligado pra acessar remotamente de outro lugar. Eu usava muito o ultraVNC, um programa leve e open-source, que usa o sistema VNC para prover acesso remoto a outro terminal.

No entando, como a internet que eu estou assinando é à rádio e deve ter um esquema complicado e melindroso de gateways e roteadores no caminho até a rede mundial, eu não estava conseguindo usar o VNC para fazer algum cliente externo conectar na minha máquina. Foi aí que eu me lembrei de um site que oferecia esse tipo de funcionalidade.

O Logmein é um serviço de conexão remota a desktops que funciona pelo browser, rodando uma aplicação Java. Resumidamente, ele faz a conexão entre dois computadores através de uma rede VPN. Sua utilização é parecida com a de outras aplicações do tipo, você instala um programa no computador que será acessado, mas ao invés de usar algum software de desktop para acessá-lo, isso é feito através do site.

É necessário criar uma conta, mas para utilizar a funcionalidade básica de acesso remoto o cadastro é gratuito. Um ponto positivo é em relação à segurança: o serviço pode utilizar vários algoritmos de encriptação, entre eles o AES-256, para proteger a comunicação, além de canais seguros como o https e várias verificações de acesso. Informações mais detalhadas sobre a segurança do Logmein podem ser vistas aqui.

Estou utilizando há algum tempo e não tenho do que reclamar. Ele atende às minhas necessidades e só de ter funcionado com minha internet complicada, já achei ótimo!

sábado, 27 de março de 2010

Metaprogramação com templates em C++

Conhecimento é poderImagem retirada do Danbooru (contém conteúdo NSFW)
Artista: ushi


Vocês já ouviram falar a respeito de metaprogramação com templates? Eu também não conhecia até começar a me preparar para uma das provas que iria fazer na universidade esses dias. Essa técnica traz a possibilidade de realizar computação em tempo de compilação usando o recurso de templates do C++. Alguns exemplos de cálculos possíveis são o fatorial e conversão de bases numéricas. Como isso funciona?

Uma das características poderosas do C++ é a possibilidade de criação de programas genéricos, através do uso de templates (o Java, entre outras linguagens, também tem esse recurso, com o nome de generics). Com eles, é possível desenvolver uma classe ou estrutura de dados genérica utilizando o tipo de dado que você necessitar facilmente. A Standard Template Library do C++ faz uso extensivo de templates.

Porém, os templates no C++ são muito flexíveis, podendo ser usados para definir muito mais do que apenas tipos de dados. A metaprogramação é feita através da definição de um template base e de sua instanciação. Acho que isso fica mais claro com um exemplo:

#include <iostream>
using namespace std;

template <int N> // Esta é a definição do template
struct Fatorial {
    static const int valor = N * Fatorial<N - 1>::valor;
};

template <> // Esta é a definição do caso base
struct Fatorial<0> {
    static const int valor = 1;
};

int main (int argc, char *argv[]) {
    cout << Fatorial<5>::valor << endl;
    cout << Fatorial<2>::valor << endl;
    return 0;
}


E pronto, temos o fatorial calculado em tempo de compilação. Essa técnica, se usada intensivamente, pode aumentar consideravelmente o tempo de compilação, em compensação a uma melhora no tempo de execução, portanto é aconselhável cautela.

Interessante né? Mas nunca ouvi falar de ninguém ou algum projeto que a utilizasse. Dei uma folheada pelo Como programar em C++ do Deitel, 5ª edição, e não vi nada falando sobre isso. Fica como curiosidade!

Para saber mais:

quinta-feira, 18 de março de 2010

Speedy da Telefônica

Ainda longe da WiredImagem retirada do Danbooru (contém conteúdo NSFW)
Artista: Yoshitoshi ABe


Que a Telefônica (prestadora de serviços de telefonia no estado de São Paulo) nunca teve uma boa reputação, todo mundo já sabe. O duro é que aqui onde estou morando, no interior do estado, não se tem muita escolha em questão de serviços de internet banda larga: ou é o Speedy da Telefônica, ou o Virtua da Net, ou algum provedor local à rádio.

Atualmente eu estou com o último, e devo dizer que o serviço está me atendendo muito bem. Lógico que, como para todo bom computeiro, a idéia de ter um acesso mais rápido à rede mundial é sempre tentadora. Sendo assim, fui ver as ofertas nas duas empresas.

Infelizmente, a Net não tem cabeamento em minha rua, então já ficou fora de questão. Sobrou a Telefônica.

Eu havia visto pela internet que poderia montar um plano de R$14,90 pela linha + R$54,90 pelo Speedy de 1MB, resultando em R$69,80 mensais, mais a taxa de habilitação da linha. Legal, o preço, considerando a velocidade e comparando com o que eu pago agora, iria compensar bastante.

Chegando lá, a atendente já me disse que essa linha de R$14,90 "não podia ser comercializada", sendo somente usada como contra-oferta quando algum cliente vai cancelar a linha. Poxa, então porque está no site? Mas tudo bem, enfim. A mais barata que ela tinha para me oferecer era uma de R$24,90, então o valor mensal que havia calculado iria para R$79,80. Já fiquei meio com o pé atrás, mas ainda assim o valor continuava mais ou menos em conta.

Então ela falou que, depois que a linha fosse instalada, viria um técnico para verificar se o Speedy poderia ser instalado em casa. Ou seja, não havia garantia de que o serviço poderia ser instalado. O motivo que ela alegou era que, depois que instalassem a linha, precisariam ver se haviam "portas disponíveis" para a região, ou algo assim. Quer dizer, se não desse certo, eu ficaria chupando o dedo com uma linha telefônica que não usaria pra nada.

Depois disso, liguei para a central de vendas da Telefônica e a atendente me confirmou que não havia como assegurar a instalação do Speedy.

Se houvesse a garantia do serviço, eu assinaria na hora. Eu não sei como funciona o sistema de internet deles, mas será possível que não há nenhuma forma de saber de antemão se poderá haver mais uma conexão ou não? Acho no mínimo um contra-senso falar para um potencial cliente que não se tem a garantia de que ele será atendido.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Falhou!

Até mesmo os ⑨'s estudamImagem retirada do Danbooru (contém conteúdo NSFW)
Artista: matyinging

Peço desculpas aos leitores do blog, semana passada eu não postei nenhuma atualização. Tenho uma desculpa esfarrapada para essa falha: estou estudando para algumas provas da universidade, cujos conteúdos envolvem a teoria da computação, especialmente autômatos e linguagens formais; paradigmas de linguagens de programação; e arquitetura e redes de computadores.

Todos são disciplinas que vi no decorrer da graduação, embora a maioria tenha sido já há algum tempo. Portanto, apesar de estudá-las ser uma espécie de revisão, também não deixa de ser um aprendizado, pois muitas coisas haviam sido esquecidas.

Obrigado pela compreensão e podem contar com updates semanais daqui em diante.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

MAC spoofing - "Mudando" o endereço MAC

Eu costumava usar sempre o mesmo computador para acessar a internet em casa. Como não possuo roteador, e a internet à rádio é distribuída pelo condomínio, eu só precisava plugar o cabo de rede em meu PC e estava tudo certo.

No entanto, quando trouxe outro computador e fui tentar utilizar a internet nele, eu não obtive sucesso. Na hora eu já imaginei que poderia ser o caso do acesso ser controlado pelo endereço MAC da placa de rede. Isso é uma prática comum dos provedores de internet - um dos que me vêm à mente no momento que o fazem é a NET. Porém, no caso desta é mais simples, já que basta desligar e ligar novamente o modem e a conexão volta a funcionar normalmente.

Entretanto, como proceder quando, como eu, você não tem acesso físico ao ponto de acesso ou não quer ter o transtorno de desligar e ligar novamente seus equipamentos?

Uma saída para esse problema é o MAC spoofing, ou "mudar" o endereço MAC de sua placa de rede. Eu escrevo mudar entre aspas porque o endereço não é realmente alterado, já que ele é único e vem de fábrica em todo dispositivo de rede. Contudo, como é o SO que efetivamente controla as comunicações de rede, é possível alterar o endereço que sua placa apresenta. Assim, você consegue "enganar" o modem ou roteador, fazendo com que ele pense que está se comunicando com a placa de rede antiga, quando na verdade é outra.

Isso é muito simples de ser feito, qualquer que seja o seu SO.

No Windows, basta acessar suas "Conexões de rede", localizar a interface de rede da qual se deseja alterar o MAC, clicar em "Configurar"...

... ir na aba "Avançado" e na propriedade "Network Address". Mude o radio button na direita para a posição superior e escreva o endereço MAC desejado, sem espaços ou pontuação.

Eu acho essa solução simples e eficiente, mas você também pode modificar diretamente o registro do Windows. É só ir no caminho HKEY_LOCAL_MACHINE\SYSTEM\CurrentControlSet\Control\Class\{4D36E972-E325-11CE-BFC1-08002BE10318}, alterar o valor "NetworkAddress" para o endereço MAC desejado (também sem espaço e pontuação) e desativar e ativar sua interface de rede nas "Conexões de rede".

Nos sistemas UNIX-like realizar essa operação também é fácil (não confirmei em primeira mão se realmente funciona, mas acredito que sim). Nos sistemas Linux, deve-se executar os seguintes comandos, considerando que a interface de rede sendo configurada é a eth0 e 11:11:11:11:11:11 é o endereço MAC desejado:
ifconfig eth0 down (desliga a interface)
ifconfig eth0 hw ether 11:11:11:11:11:11
ifconfig eth0 up (liga novamente)
No FreeBSD, é quase a mesma coisa:
ifconfig eth0 down (desliga a interface)
ifconfig eth0 ether 11:11:11:11:11:11
ifconfig eth0 up (liga novamente)
No MacOS da Apple, por ser UNIX-based, acredito que uma das duas soluções acima funcione, mas não posso confirmar.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Resoluções de ano novo

Caramba, fevereiro já está quase terminando. O tempo voa! Eu ia postar sobre isto em janeiro, mas acabei escrevendo sobre outras coisas, então ficou para agora.

Tenho certeza que muitos de nós fazemos isto todo fim/início de ano: uma lista de resoluções.

Infelizmente, quase nunca conseguimos realizar tudo que escrevemos nessa lista. Eu li em uma Superinteressante que existe até uma explicação para essa dificuldade em cumprir o que prometemos, algo sobre um conflito entre nosso eu imediatista e nosso eu mais educado e que planeja metas de longo prazo (o primeiro quase sempre vence).

Neste primeiro bimestre do ano estou animado, até que estou conseguindo ter um tanto de disciplina. Este blog é uma das coisas que decidi atualizar regularmente, e até agora estou conseguindo. Outra das metas que me impus para este ano é ler mais - não que eu não goste de ler, muito pelo contrário, é que sempre acabava fazendo outras coisas - e felizmente a estou cumprindo; alguns livros que li foram "O Caso dos Dez Negrinhos", de Agatha Christie, um dos livros mais vendidos em todo o mundo, e "A Laranja Mecânica", de Anthony Burgess. Ambos são clássicos e recomendo a todos que gostam de boa leitura.

A única forma de fazermos o que realmente queremos é controlando nossas vontades e caprichos. Temos que dar um basta em nossos instintos de satisfação imediata e treinar nossa disciplina! Espantar a terrível procrastinação, um dos meus maiores inimigos. Vejam também um post bacana de outro blog sobre o assunto: Como ter disciplina.

Links relacionados:
  • Joe's goals - Site interessante onde você pode definir metas ou coisas a fazer todos os dias e marcar os dias em que elas foram alcançadas.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Aikido

Imagem retirada da wikipedia

O aikido é uma arte marcial japonesa que aprecio muito, embora esteja sem treinar regularmente há um bom tempo (desde que entrei na faculdade, na verdade). Seu nome é composto por três ideogramas que significam harmonia (ai), energia (ki) e caminho (do) - uma tradução livre poderia ser "o caminho da harmonização da energia".

Essa arte marcial foi criada por Morihei Ueshiba por volta da década de 30 no Japão, baseada em sua vida dedicada à luta, em várias artes marciais antigas, mas especialmente no Daito-ryu Aikijujutsu. Ela se baseia principalmente em movimentos circulares que redirecionam a força de seu atacante contra o próprio, e em manter o seu centro enquanto desestabiliza o de seu "adversário", provocando desequilíbrio.

Uma analogia interessante feita com o aikido é que, assim como um pião que gira mantém seu centro estável, tem uma energia muito grande e é muito difícil de segurar, um praticante de aikido também tem um centro muito forte, o que o torna muito sólido.

Na minha opinião, devido à essa natureza circular (ou espiral, segundo alguns), é uma arte marcial muito bonita de se ver, com movimentos fluídos e suaves, que se combinam em um contraste muito interessante com a grande energia inerente às técnicas.

Dada a grande difusão do aikido, é muito provável que exista um dojo em sua cidade, ou pelo menos em sua região. Recomendo a todos os interessados em artes marciais.

Uma demonstração:



Curiosidades:
  • O ator (e mais recentemente músico!) Steven Seagal é 7º dan de aikido. Inclusive, em alguns de seus filmes, especialmente os mais antigos, ele realiza alguns golpes bastante característicos da arte.
  • Acredita-se que o hapkido, arte marcial coreana, tem as mesmas origens do aikido, embora tenha se desenvolvido em outra direção. Inclusive, os ideogramas coreanos (hangul) que formam a palavra hapkido (합기도) têm o mesmo significado que os ideogramas japoneses (kanji) que formam a palavra aikido (合気道).
Para saber mais:

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Você já usou...? AllWallpapers Lite 2

Aqueles que usam computadores praticamente todos os dias provavelmente já se sentiram enjoados do papel de parede que está no desktop. Então, ele é trocado, e depois de um mês ou uma semana, você enjoa de novo, e novamente ele é trocado, e assim indefinidamente. Não haveria um jeito mais prático de fazer isso?

Sem dúvida! Eu tinha esse incômodo e, após testar alguns programas do gênero, encontrei um que me satisfez: o AllWallpapers Lite. Ele é simplesmente um trocador de papéis de parede: você especifica as imagens que quer utilizar, o tempo para mudança entre cada imagem, como elas devem ser exibidas (centralizada, lado a lado, etc) e pronto - você nunca mais irá enjoar do papel de parede de seu desktop. :)

É um programa simples, pequeno (1,4MB) e grátis. Recomendo!

Obs: Os usuários do Windows 7 (e acredito que de várias distros Linux também) não precisam desse software, já que o próprio SO ou interaface gráfica pode cuidar da tarefa de trocar os papéis de parede.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Você já jogou...? Go

É difícil encontrar alguém que não conheça xadrez, provavelmente o jogo de estratégia mais conhecido em todo o mundo. Agora, no ocidente, ainda não são muitos os que conhecem o go, um jogo de estratégia criado na China há mais de 4000 anos.

É um jogo simples, com poucas regras, podendo-se aprender a jogar rapidamente, em alguns minutos; entretanto, para dominá-lo são necessários anos de treinamento e prática.

O go funciona da seguinte forma: dois jogadores se revezam, um colocando pedras pretas e outro colocando pedras brancas, sobre um tabuleiro composto, normalmente, por 19 linhas na horizontal e na vertical. As peças são posicionadas sobre as intersecções das linhas.

O objetivo geral do jogo é dominar mais território que seu adversário, basicamente cercando partes do tabuleiro com peças de sua cor e capturando grupos de peças do inimigo, enquanto impede que este invada seu território.

Como não é muito popular, ao menos nesta metade do globo, o go era exclusivo a grupos e clubes pequenos, presentes normalmente apenas em grandes cidades. A internet ajudou muito na disseminação do jogo, e hoje existem diversos servidores onde pode-se jogar go online com pessoas do mundo todo.

O considero um jogo fascinante e extremamente estratégico, exigindo muito raciocínio, tática e planejamento. Gosto muito de jogar, embora não costume fazê-lo regularmente. Mas se alguém quiser uma partida, é só me dar um toque. :)

Curiosidades:
  • Estima-se que há mais possibilidades de jogadas no go do que átomos no universo! Esse é um dos fatores para ainda não existir uma inteligência artificial forte para este jogo (embora avanços estejam sendo feitos, principalmente usando técnicas Monte Carlo).
  • No filme ganhador do óscar "Uma Mente Brilhante", o protagonista John Nash joga algumas partidas de go.
  • Assim como acontece com o xadrez no ocidente, existem jogadores profissionais de go no oriente. Os japoneses dominaram os torneios por um bom tempo, mas a concorrência dos chineses e coreanos é cada vez maior.
  • O mangá e anime Hikaru no Go ajudou a popularizar o jogo entre jovens tanto no Japão quanto em outros países.
Para saber mais:
  • Aprenda a jogar go interativamente - Ótimo site para aprender a jogar.
  • IGS - O maior servidor de go da internet. Também fornece o cliente Pandanet para se conectar e jogar.
  • Sensei's library - O maior wiki sobre go da internet. Tem um vasto conteúdo sobre o jogo, englobando estratégias, históricos, discussões, problemas e muito mais.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Instalando o Windows XP em um HD SATA - Erro 0x0000007B

Desde a primeira vez que formatei meu notebook, em 2007, eu me vi com um problema: a maioria dos CDs de instalação do Windows XP não tem os drivers necessários para reconhecer HDs SATA, e o setup é interrompido em uma tela azul nada amigável, falando do erro 0x0000007B, que quer dizer dispositivo não encontrado.

Fazia tempo que não via essa mensagem fatídica. Infelizmente, eu fui lembrado dela outro dia, quando fui formatar um outro computador. Eu já o havia formatado uma vez, há um bom tempo atrás, utilizando um CD de instalação que dava suporte aos drivers corretos. O problema é que meus CDs não estavam comigo no momento, então não pude fazer o serviço rapidamente.

Encontrei um CD de instalação do Windows XP SP3, mas e pra fazer o bendito funcionar? A mensagem teimava em aparecer, e eu tentei integrar vários drivers SATA usando o nLite - inclusive os fornecidos com o próprio computador! - mas mesmo assim não ia. Aparentemente os drivers fornecidos não eram compatíveis com o Windows XP, apenas com o Vista.

Procurando na internet pelo chipset específico da máquina, finalmente eu encontrei drivers que funcionaseem. Depois de integrá-los com o nLite, a instalação fluiu sem problemas, e o problema foi solucionado.

Se você está com esse tipo de problema, procure se informar sobre o chipset e os controladores de HD de seu computador para buscar os drivers específicos e corretos, e integre-os a um instalador do XP usando o nLite. A utilização deste programa é bastante intuitiva, mas se tiver dificuldades, aqui há um tutorial explicando passo a passo.

Realmente, o Windows XP já é bem antigo. Acho que está na hora de eu migrar pro 7... ou só ficar no Linux mesmo. :)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Você já usou...? Windirstat


Arrumar o HD nunca é uma tarefa fácil, ainda mais quando você vai juntando músicas, programas, filmes, jogos... e, um dia, você precisa liberar espaço, então decide deletar algumas coisas que não vai precisar mais. Mas, é claro, você gostaria de ver quais arquivos ou pastas estão ocupando mais espaço.

Ir vendo pasta a pasta no Windows Explorer é bastante chato e cansativo, e por vezes não dá uma idéia muito precisa sobre o quê está ocupando mais espaço que o quê.

É aí que o software Windirstat pode ajudar. Essa pequena aplicação open source monta uma representação visual de seus dispositivos de armazenamento (HDs ou pen drives), mostrando comparativamente os arquivos maiores (que ocupam mais espaço) e os arquivos menores, tudo muito bem organizado.

Eu o uso bastante quando preciso ter uma idéia de como estão distribuídos os dados do HD.

Infelizmente, o programa não é multiplataforma, rodando somente em Windows. Seria interessante uma aplicação desse tipo para Linux ou Mac, não? Desconheço alguma aplicação do tipo para esses sistemas.

[edit 21/01/2010 22:47] O César me apontou que existe uma versão do programa para sistemas Unix chamada kDirStat, que inclusive é a versão original (o Windirstat é o port para Windows). Ele é compatível com qualquer SO que use o sistema de janelas X. Valeu pela dica!

sábado, 9 de janeiro de 2010

Lian gong

Nós que trabalhamos com computação precisamos tomar um cuidado especial com a saúde, especialmente com relação à lesões por esforços repetitivos. Esse é um dos motivos de meu interesse por exercícios e práticas terapêuticas. Uma que me interessou bastante foi o Lian Gong, com o qual tive contato no colégio técnico.

A milenar cultura chinesa produziu diversas artes terapêuticas e marciais, como o Tai Chi Chuan, I Chuan, Chi Kung, Kung Fu, entre tantas outras. O Lian Gong (pronuncía-se lian kun) é uma prática corporal que foi desenvolvidaa nos anos 70 em Shangai pelo médico ortopedista Dr. Zhuang Yuan Ming, baseada em diversas artes e exercícios anteriores, na Tui-ná e em seus vários anos de experiência atendendo pacientes com dores crônicas.

Intitulada Lian Gong em 18 Terapias, a prática foi introduzida no Brasil por Maria Lucia Lee, professora de filosofia e artes corporais chinesas da Unicamp.

A terapia completa consiste em 3 seqüências de 18 exercícios cada, tendo duração de 12 minutos por seqüência. Cada série de exercícios tem o propósito de prevenir e tratar dores em partes específicas do corpo, além das articulações e os órgãos internos.

No Globo Repórter do dia 23/01/2009, o Lian Gong foi mostrado em um dos blocos, destacando seus benefícios para o tratamento e prevenção de doenças ortopédicas.

Inclusive, o Ministério da Saúde incluiu o Lian Gong entre as práticas da Medicina Tradicional Chinesa (MTC) a serem oferecidas à população pelo SUS.

Eu procuro fazer as duas primeiras seqüências de exercícios toda manhã, logo depois de acordar. O que eu posso dizer é que minha postura melhora bastante quando realizo a prática, além de ter mais flexibilidade e ânimo durante o dia. Outro dos benefícios é obter uma maior sensação do chi, o que também se reflete na respiração, que se torna mais serena.

Recomendo à todos!

Para saber mais:

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Você já usou...? Rainlendar

Screenshot do RainlendarO Rainlendar é um software de calendário prático e útil que utilizo há vários anos. Nele, você pode registrar quaisquer compromissos que precisar, e eles ficam marcados convenientemente em um pequeno calendário que pode ser posicionado em sua área de trabalho. Você também pode criar uma lista de tarefas a fazer.

Eu o uso principalmente para não perder de vista as provas ;) , além de consultas médicas e o que mais for importante e eu não puder esquecer. É só voltar pro desktop e lá está ele, me lembrando dos meus compromissos.

É um programa leve (4,53MB), multiplataforma e grátis (a versão lite, que faz quase tudo que a versão paga). Recomendo!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

6 habilidades profissionais em TI para 2010

Interessante artigo do NetworkWorld: Quais são as previsões para as 6 habilidades mais desejáveis em profissionais da área de TI para 2010.

É importante lembrar que o artigo é americano e, portanto, enfoca esse mercado, que é bem diferente do brasileiro. Entretanto, é sempre bom estar informado!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

L 99 99 99 99...

Logo no primeiro dia do ano (pra começar bem :), me deparei com um erro bizarro quando liguei meu notebook:

L 99 99 99 99 99 99 99... com 99s escritos até o meio da tela, mais ou menos.

O que aconteceu? Meu HD estava dividido em duas partições, uma para o Windows e outra para uma distro Linux, e como parte da limpeza de fim de ano estava organizando meus arquivos e excluindo coisas desnecessárias. Uma das tarefas que queria fazer era instalar outra distro, então eu excluí a partição onde a distro residia, utilizando o utilitário fdisk do Linux.

Com uma pesquisa rápida na internet, descobri que o problema é que a MBR não é alterada pelo fdisk, e é lá onde o bootloader, no caso o LILO, se localiza. Como a partição do Linux não existia mais, o erro hexadecimal 99, que indica diferenças entre a geometria do HD e da BIOS, é acusado pelo LILO.

No caso, a solução foi utilizar o console de recuperação do Windows, através de um CD de boot, e rodar o comando fixboot e fixmbr \Device\HarddiskX (o número X depende da configuração de seu(s) HD(s), normalmente é 0) para consertar o problema. Se isso não funcionar, tente os comandos na ordem inversa.

Pronto, agora seu computador irá bootar normalmente. :)